sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gira mundo!



Passamos dos 200 milhões! Não, isso não é nenhum urro de alegria. Honestamente não acho uma maravilha quando vejo esses números exorbitantes de aumento populacional, a julgar pela elementar questão de que o planeta não cresce proporcionalmente a isso (sério?). Basta sair às ruas e ver a decepção que está se tornando o trânsito de cidades medianas como a minha. Mas não quero me alongar sobre isso... Parece discurso de um chato pessimista (ou seria realista?).
Há alguns anos eu tinha uma professora no colégio que falava constantemente sobre aquela clássica frase da “justiça é cega”, que todos os homens são iguais na hora do julgamento. É por isso que fico pensando hoje se realmente a nossa e também a de fora daqui estão aplicando aquela frase no sentindo de ficarem alheias às injustiças do mundo durante a maior parte do dia. Nas últimas semanas, o Oriente tem sido (mais uma vez) palco de conflitos que perpassam questões políticas, sociais, ideológicas e o que mais quiserem misturar. No Egito, caiu o presidente e se instaurou uma batalha cruel entre militares e oposição. Parece até uma daquelas velhas histórias da Idade Média que víamos nos livros didáticos e hoje nos provocam repulsa e ficam difíceis de aceitar nos “evoluídos” anos 2000.
Mas agora o Egito saiu de cena um pouco para que outra nação de sua região se tornasse centro das atenções internacionais. A Síria (menos famosa no Brasil do que seu pão e uma fruta que dá nome a sua capital) vive agora um clima tenso e fala-se constantemente sobre o uso de armas químicas pelo senhor Bashar al-Assad. Curioso como o governo estadunidense se mostrou tão preocupado após o suposto uso dessas armas. Quer dizer que matar civis, incluindo crianças, idosos e trabalhadores dos mais honestos, pode? Mas com arma química não? Obviamente sou contra todo tipo de conflito armado, mas acho que a minha decepção com os EUA só anda se elevando diante do comportamento que vem se repetindo ao longo de décadas em qualquer lugar onde sua sede de “vingança” e oportunismo encontre espaço. Obama era uma esperança para tantos quando foi eleito em 2008 e é lamentável que, anos depois, pouca coisa tenha mudado e muito menos evoluído durante seu comando. Não bastasse o escândalo de espionagem que fez Snowden fugir para a Rússia e mexeu com os brios de tantos governantes, agora Mister Obama só fala em intervenção como se fosse o dono da verdade e ainda quer ajuda de outras nações para invadir o pequeno país oriental. Parece que a Rússia não quer... Será que estão tentando reavivar o clima da Guerra Fria?
Já aqui no Brasil, a semana começou tensa com a chegada daquele político boliviano, o Molina, deixando o pivô Sabóia em maus lençóis e levando Dilma a trocar ministro (saiu um que era patriota até no nome), além de continuar a novela do julgamento do mensalão, que nós brasileiros ansiamos para que termine com um final “feliz”. Mas eu não poderia deixar de terminar falando daquele Donadon (sim, parece nome de remédio), que foi ao Congresso fazer seu pequeno discurso em defesa, usando inclusive o argumento de que sua cela era de má qualidade. Comida ruim, água fria... E alguém ainda não sabia dessa peculiaridade dos presídios brasileiros? Nosso legislativo, como não perde o hábito, deu mais um sinal que anda bem informado com os problemas da nação.
Mas, pelo visto, a fala “humilde” convenceu os colegas (amigos secretos?), fez uns muitos não se manifestarem e o tal deputado não foi cassado. Ficaram com dó do Donadon? Acho que o povo está precisando voltar urgentemente às ruas.